As Portas da Esperança
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No dia 6 de dezembro de 2024, começaram as pregações de Advento no Vaticano, com a primeira intervenção do novo Pregador da Casa Pontifícia, o nosso Frei Roberto Pasolini. Como sabemos, ele recebeu esse encargo do Santo Padre no dia 9 de novembro, sucedendo ao nosso Cardeal Fr. Raniero Cantalamessa.
As reflexões de Advento são pequenas catequeses que se realizam todos os anos nas sextas-feiras deste tempo, como preparação para o Natal. Nelas, o Papa, acompanhado pelos Cardeais, Bispos, sacerdotes e dependentes da Casa Pontifícia, acolhem a reflexão do Pregador da Casa Pontifícia.
Este ano, o tema proposto é a Esperança, como prelúdio à celebração do Jubileu de 2025, que terá início no dia 24 de dezembro de 2024, com a abertura da Porta Santa na Basílica de São Pedro, em Roma.
“Este ano, o tempo do Advento não nos prepara apenas para o Natal, mas também nos acompanha em direção ao próximo Jubileu, uma ocasião de graça para renovar a esperança do amor de Deus, que suscita no coração a esperança certa da salvação em Cristo” (cf. Spes non Confundit, 6).
As vozes dos profetas, muito presentes neste tempo litúrgico, nos exortam com determinação a não perdermos a direção do caminho do Reino de Deus. Escutando-os, podemos reconhecer quais são as portas que nos introduzem no mistério da nossa humanidade, com renovada esperança.
- A porta do estupor, que nos ensina a admirar as sementes do Evangelho presentes no mundo e na história.
- A porta da confiança, que nos impulsiona a nos aproximarmos dos outros com um coração respeitoso e aberto.
- A porta da pequenez, que nos convida a não temer nos tornarmos finalmente nós mesmos.
Na primeira pregação, Fr. Roberto Pasolini nos convidou a colocar-nos em caminho, abrindo o nosso olhar ao estupor, sabendo que isso implica desfazer as rigidezes do coração, dizendo “não” a tudo o que ameaça nos fechar e sobrecarregar, como o medo, a resignação e o cinismo. Só assim poderemos abrir-nos à novidade de Deus e abrir as portas da esperança, com vistas a um tempo novo, e talvez até a um novo modo de ser Igreja no mundo e para o mundo.
Peçamos ao Senhor que nos acompanhe neste caminho do Advento, em preparação para o Natal e o início do Jubileu da “Esperança”.