Ordo Fratrum Minorum Capuccinorum PT

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updated 4:51 PM UTC, Apr 18, 2024

Protomártires franciscanos

Este ano, celebramos um aniversário particular: os 800 anos do martírio dos primeiros frades franciscanos.

Em 1219, Francisco de Assis enviou em missão para o Marrocos seis frades menores, de nomes Vital, Berardo, Otão (sacerdotes), Pedro (diácono), Acúrsio e Adjuto (leigos).

Partindo da península Itálica, de passagem pelo reino de Aragão, frei Vital adoeceu e ficou. Sob a direção de Berardo (Bernardo), os demais continuaram a sua jornada e alcançaram o Reino de Portugal. De Coimbra, os frades continuaram para Alenquer. Prosseguindo a sua viagem, após passarem por Lisboa, alcançaram Sevilha, onde se demoraram por uma semana em casa de um cristão. Ao fim desta, voltaram a envergar os seus hábitos e foram à mesquita, justamente em dia de festa islâmica, e começaram a pregar a doutrina de Jesus. Expulsos violentamente da mesquita, decidiram então pregar ao próprio califa. O príncipe, que simpatizara com a simplicidade dos frades, exortou-os por seu turno a converterem-se ao islamismo, sem sucesso.

O infante D. Pedro aceitou levar consigo os frades e, no Marrocos, hospedou-os em sua própria casa. Os frades logo foram percorrer as ruas do Marrocos pregando o nome de Jesus e, quando viram aproximar-se o miramolim Aboidil, redobraram a proclamação da mensagem cristã. Vendo-o, o miramolim decretou a sua expulsão da cidade e o exílio dos frades para um país cristão.

A meio do percurso, os frades, esquivando-se à vigilância, regressaram ao Marrocos, onde reiniciaram a pregação, agora em pleno mercado. Novamente detidos pelas forças do miramolim, permaneceram vinte dias nas masmorras sem comer nem beber. Um conselheiro do rei intercedeu pelos frades e estes foram chamados à sua presença. Novamente libertos, os frades apressavam-se em retomar a sua missão, quando foram detidos pelos próprios cristãos na cidade. De novo foram levados para Ceuta, e novamente conseguiram escapar e voltar ao Marrocos.

Decretada mais uma vez a morte deles, o sultão encarregou o seu filho Abosaide de os prender e decapitar. Interrogados pelo príncipe, eles insistiram no seu propósito. Foram açoitados e, atados de mãos e pés, arrastados de um lado para o outro por cavalos. Em seguida, sobre os seus corpos descarnados deixaram cair azeite a ferver, continuando depois a arrastá-los pelo chão, mas desta vez sobre vidros e cacos espalhados pelo chão. Alguns espectadores compadeceram-se e pediram-lhes que se convertam a Maomé para se lhes acabar aquele suplício. Abosaide tentou a seu turno demovê-los. Sem nada a fazer, o miramolim concluiu que só a espada poderia calar aqueles homens e, tomando da cimitarra, decapitou-os. Decorria o dia 16 de janeiro de 1220.

Graças e milagres acontecem por intercessão dos santos mártires. Assim, por ter sabido destes acontecimentos é que Fernando Martins de Bulhões, cônego regrante de Santo Agostinho, faz-se frade menor tomando o nome de Frei Antônio (Santo Antônio de Lisboa). Clara de Assis desejava a graça do martírio que alcançaram aqueles frades e S. Francisco dizia: “agora posso dizer com verdade que tenho cinco verdadeiros frades menores”. (Wikipedia.pt)

Justamente por esta ocasião, queremos disponibilizar aos frades algumas imagens que enriquecem o nosso banco de dados digital – Capuchin Creative Commons.

As fotos representam o quadro de Piero Casentini, Maria com os santos Antônio, Clara, Francisco e os Protomártires franciscanos em adoração do Crucifixo (2012), que se encontra no Mosteiro “Ss. Annunziata”, em Terni, Itália.

Há também uma outra imagem, obra do mesmo pintor Piero Casentini, conservada na Igreja de Santo Antônio, em Terni.

Queremos agradecer a Fr. Pietro Messa, OFM, que nos forneceu o material, pondo à nossa disposição estas imagens.

Para baixar as fotos, basta clicar no link

Capuchin Creative Commons (CCC)

Última modificação em Terça, 28 Janeiro 2020 12:30